Delegação brasileira

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Blog criado com a finalidade de divulgar o desenvolvimento, eventos, posses acadêmicas da Delegação Brasileira da Academia de letras y artes de Valaparaíso

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Jorge Méndez en Brasil


JFM ON SEPTIEMBRE - 20 - 2012
A Petrópolis, la ciudad de Pedro – nombre puesto en homenaje al emperador Don Pedro II – fui a recibir el premio LITERARTE (www.grupoliterarte.com.br), por mi nuevo libro “Cómo decir las cosas y no matarte ni matarme en el intento”. Sin embargo, retorné con mucho más que el diploma y el galvano.
En el viaje conocí la sierra de la ciudad y en ella a Claudio, un sedentario de edad indescifrable pero de un corazón tan grande como la sierra misma.  Sentado debajo del naranjo que es parte del jardín de su refugio, descubrí el sabor de la manga, la caña de azúcar y la guayaba. Suavicé mis manos con las plantas de algodón que decoran su naranjo amigo y escuché con inmutable silencio entre la inmensa vegetación y el cielo hermoso que lo cuida, la sabiduría feliz de su “vivir solo”.
De la ceremonia misma, me traje la desfachatez de un artista de cincuenta años que con sombrero de copa multicolor puesto, nos recitó poemas de niños, y a un niño – Guilherme – de once que tocó como gran maestro cinco hermosas piezas en piano. En el mismo certamen, Sylvia Araujo me deleitó con su sublime simpatía y extraordinaria humildad.  Una escritora de treinta y nueve libros que parecía haber descubierto un tesoro por su espontáneo asombro y eterna sonrisa. De allí nos movimos a la Fazenda Samambaia (www.isca.org.br), un estupendo lugar slow restaurado para recibir a niños y adultos y que tiene como propósito complementar nuestra educación ambiental.  Allí, su propio dueño Jean, la cuarta generación, cuenta con entusiasmo y deleite la historia de su familia, que se mezcla con esta histórica casa del siglo XVIII, y que tiene en su interior la capilla de San Antonio, la primera de la ciudad.
Y de todos los premios que volvieron en mi maleta de este Río de Janeiro maravilloso que contrasta sierra con mar, lujo y favelas, artistas con recolectores del “ouro de pobres” (latas de bebidas), el mejor de ellos es la historia de Iracy, una viuda de ochenta y cinco años, que vive sola en su casa impecablemente reluciente.  Sus bellas arrugas muestran los años al cuidado de su madre durante más de dos décadas y sus pequeños ojos brillan como perlas al disfrutar cada segundo con su familia.  Ella sabe los más mínimos detalles pero repara en lo importante, tiene la certeza de que queda poco tiempo, por eso cada anécdota que cuenta está enmielada de alegría infinita.  Ella prefiere que estreches suavemente su mano ahora y no que apoyes su cuerpo sobre ella después.  Ella es feliz con una sola flor en vida, que miles de ramos cuando muera.  Ella prefiere que compartas unos pocos minutos mientras vive y no una noche entera cuando ya no esté.  Es seguro que ella escoge escuchar un solo acorde de guitarra en este momento y no una conmovedora serenata al final de su vida.
El nombre Iracy significa abeja reina y como tal, ella es el mejor ejemplo de vida y felicidad que he visto en muchos años. Obrigado vovó!!
Eu fui ao Brasil para um prêmio…  Mas eu trouxe muitos outros!!
A Petrópolis, a cidade de Pedro – nome dado em homenagem ao imperador Dom Pedro II – fui receber o prêmio LITERARTE (www.grupoliterarte.com.br) para meu novo livro “Como dizer as coisas e não matar ou matar-me no intento”. No entanto, voltei com muito mais do que um diploma e galvano.
Na viagem conheci a serra de Petrópolis e nela Claudio, um matuto de idade indecifrável, mas com um coração tão grande quanto à própria serra. Sentado no seu jardim, embaixo do pé de laranja (seu refugio), descobri o sabor da manga, da cana e da goiaba. Suavizei minhas mãos com flores de algodão que decoram sua amiga laranjeira, ouvi um imutável silencio entre o verde e o lindo vasto céu que o cuida, com a sabedoria de “viver solitário e feliz”.

A partir da cerimônia em si, eu vi um artista de 50 anos (com alma de criança) com seu chapéu multicolorido recitando poemas para crianças, e uma criança – Guilherme – de 11 anos que tocou como gente grande, cinco lindas peças para piano. No mesmo concurso, Sylvia Araujo me encantou com a sua sublime simpatia e extraordinária humildade. Uma escritora de 39 livros, que parecia ter descoberto o segredo para seu maravilhoso, espontâneo e eterno sorriso. Depois seguimos para a Fazenda Samambaia (www.isca.org.br), um lugar slown, onde o tempo tem outro significado, antigo casarão restaurado e destinado a complementar a educação ambiental de crianças e adultos. Lá, o proprietário, Jean (a quarta geração), com entusiasmo e deleite conta sua história familiar, que se mistura com a história do casarão do século XVIII, onde se encontra a capela de Santo Antonio, primeira da cidade.
E de todos os prêmios que voltaram na minha mala do maravilhoso Rio de Janeiro, com suas montanhas contrastando com mar, o luxo com suas favelas, artistas e garimpeiros do “ouro de pobre” (latinhas de bebidas), o melhor deles é a história de Iracy, uma viúva de 85, que vive sozinha em sua casa limpa de maneira impecável. Suas belas rugas mostram anos ao cuidado de sua mãe, por mais de duas décadas, seus olhinhos brilham como pérolas para aproveitar cada segundo com sua família. Ela conhece todos os detalhes, mas o que conta são os importantes, o certo é que o tempo é curto, por isso vive com sua doce e infinita alegria. Ela prefere um suave aperto de mão agora, que uma mão que carregue seu corpo mais tarde. Ela está feliz com uma única flor em vida, do que milhares na morte. Ela prefere compartir minutos em vida e não uma noite inteira quando se for. Certamente ela escolhe para ouvir um único acorde de guitarra agora e não uma serenata no final de sua vida.
O nome Iracy significa abelha rainha e, como tal, ela é o melhor exemplo de vida e felicidade que eu já vi em muitos anos. Obrigado vovó!

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